Tudo o que se pode esperar do novo fiasco cinematográfico de Hollywood - Fúria de Titãs - é a mais completa revolta de pessoas que assistiram a primeira versão do filme, que além de possuir um roteiro bem melhor elaborado, possui também efeitos especiais mais valorizados.
Francamente, pra que raios gastar milhões de dólares em efeitos especiais (esses sim, uma das poucas coisas admiráveis no filme) que mal podemos contemplar? Os cortes são tão rápidos, que se torna impossível observar o trabalho minucioso que os artistas de computação gráfica tiveram com as criaturas e outros elementos, o que resulta numa série de seqüências superficiais e praticamente incompreensíveis. Nesse quesito, fico muito mais feliz em assistir a versão antiga, de 1981, com as geniais criações de Ray Harryhausen, onde os cineastas se preocupavam em elaborar cenas compreensíveis e que respeitavam os artistas criadores dos efeitos visuais, dando tempo para as pessoas observarem em detalhes os monstros.
Aliás, não parece uma característica particular desse filme essa mania de enfiar milhares de takes numa única seqüencia. É praticamente um vício de muitos cineastas, que desperdiçam orçamentos colossais em efeitos, mas são incapazes de valorizá-los...
Vontade de chorar depois de tanta pressão em cima de um filme decepcionante!
